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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Bruno Mazzeo garante que o filme "Cilada.com" "não é um episódio esticado" do seriado de TV

Entrevista com o elenco do filme Cilada.com

Foto 5 de 17 - Elenco do filme Cilada.com durante entrevista em São Paulo nesta segunda-feira (4/7/11) AgNews
Bruno Mazzeo fala do programa “Cilada”, que teve seis temporadas no canal a cabo Multishow (entre 2005 e 2009), é sempre com carinho. Mas quando ele fala do filme “Cilada.com”, que estreia no país na próxima sexta (8), é com uma tremenda empolgação.
“Tivemos a preocupação de fazer um filme de verdade, cinema mesmo, e não algo que parecesse um episódio esticado. Aí seria falta de consideração com o público”, disse em entrevista ao UOL Cinema.
Ele conta que o filme foi um passo além do que era o programa. “No Multishow sempre tivemos liberdade para tudo. Abordamos assuntos até polêmicos, como clube de swing e Jesus Cristo. Mas no cinema precisamos ultrapassar isso, falamos palavrões, chegamos bem no limite do humor”. Ele comenta que entre as referências cinematográficas para o longa “Cilada.com” estão comédias de sucesso, como “Superbad - É Hoje” e “Se Beber, não Case”.
A direção ficou a cargo de José Alvarenga Jr., que tem em seu currículo filmes como “Divã” e os dois “Os Normais”. “Temos uma parceria de muito tempo. Fizemos várias coisas juntos, como [a série] ‘A Diarista’. Mas ele nunca tinha dirigido um episódio de ‘Cilada’. A entrada dele no filme trouxe um frescor, além da linguagem cinematográfica”, diz Bruno.
Para Mazzeo, “Cilada.com” não é apenas para as pessoas que acompanhavam a série - reprisada até hoje no Multishow e que já teve um quadro no Fantástico. “No programa contávamos ciladas do dia-a-dia, mas, para o filme, precisávamos de uma grande cilada”.
No longa, o protagonista, que também se chama Bruno, tem problemas depois de ser pego traindo a namorada Fernanda (Fernanda Paes Leme), que coloca um vídeo de intimidade do casal na internet, tornando o rapaz alvo de piadas.
“Quando estávamos procurando um assunto para o roteiro do filme, o Alvarenga viu no jornal uma história parecida com essa. E pensamos: qual cilada pode ser maior do que você ser exposto na internet? Isso é maior do que qualquer uma daquelas dos 53 episódios”. Daí o “.com” do título do filme.

TRAILER DO FILME ''CILADA.COM''

Uma das coisas que Mazzeo mais gosta de frisar é que a música do filme é cantada por Lobão - um de seus heróis. “Enquanto fazíamos o filme, o Alvarenga e o Plínio Profeta [que assina a trilha do longa] ouviam muito o CD acústico do Lobão. E ele foi um dos alimentos musicais da minha geração, nada mais justo do que valorizá-lo”. O ator conta que o músico regravou “Por tudo que for” especialmente para “Cilada.com”.

Bruno e Chaves

Mazzeo conta que quando começou a fazer o programa televisivo, acreditava que estaria fazendo um misto de comédia e documentário sobre o dia-a-dia, por isso manteve seu próprio nome no personagem. “Mas logo percebi que isso não daria certo. Virou só comédia mesmo, mas mantivemos os nomes, até mesmo de outros atores que entraram para o programa”.
Ele também conta que isso já lhe causou alguns problemas, porque as pessoas o confundem com o personagem. “Muita gente do público confunde a gente quando temos papéis com nomes que não são os nossos. Imagina quando é o mesmo nome?”. Mas ele diz que sempre “levou isso numa boa”,  mas que nunca usou nenhuma das sugestões que lhe foram dadas na rua.
Atualmente, “Cilada” é reprisado no Multishow, e continua a fazer sucesso. “O programa é uma espécie de ‘Chaves’ da tv a cabo. Acho que vai ser exibido por décadas”, diverte-se, comparando ao antigo humorístico mexicano que até hoje faz sucesso no Brasil.
Mas, para isso, Mazzeo espera trazer uma nova contribuição. Ele garante que a série acabou, porém avisa: “’Cilada 2’ vai acontecer em breve. Eu, o Alvarenga e os produtores temos certeza disso. Agora, só preciso achar uma boa história”.

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